Nesta quarta-feira (31), a desenvolvedora de Destiny, Bungie, anunciou mais uma rodada massiva de demissões após meses de turbulência interna e o lançamento de Destiny 2: The Final Shape. Em uma publicação no blog oficial, o CEO Pete Parsons revelou que 220 funcionários, ou 17% da força de trabalho, foram dispensados devido a “desafios financeiros”.
Veja também:
This morning, we shared an important update with the Bungie team on the difficult decision to eliminate 220 roles at Bungie.
— Bungie (@Bungie) July 31, 2024
You can read the full statement below.https://t.co/FVkWNSWDtZ
Os funcionários que não foram afetados também manifestaram apoio aos seus ex-colegas. O líder da comunidade global, conhecido como dmg04, classificou os cortes como “indesculpáveis”. “A responsabilidade recai sobre os trabalhadores que se esforçaram para entregar resultados para nossa comunidade repetidamente”, afirmou. Além disso, foi observado que a equipe de suporte ao jogador foi fortemente impactada, com uma funcionária mencionando que sua “equipe inteira se foi” e um ex-gerente de comunidade descrevendo as condições difíceis enfrentadas por esses funcionários.
Inexcusable. Industry leading talent being lost, yet again. Accountability falling upon the workers who have pushed the needle to deliver for our community time and time again.
— dmg04 (@A_dmg04) July 31, 2024
Please maintain focus on those who’ve lost their position & income. Offer help where you can. https://t.co/SSDveUd5uW
Diversos profissionais criticaram a gestão da Bungie, atribuindo as demissões a decisões ruins da liderança. Um criador de conteúdo de Destiny 2, chamado My name is Byf, afirmou que a desenvolvedora tem sido “imprudente com o estúdio, seus funcionários e suas franquias”, apontando a má liderança como o problema principal que precisa ser resolvido.
Leadership needs to be changed.
— My name is Byf (Lore Daddy) (@MyNameIsByf) July 31, 2024
Their decisions have consistently led to disaster for everyone who has actually been making the games we play.
They’ve been reckless with the studio, its employees, and its franchises.
The problem is clear. Bad leadership. It needs to change. https://t.co/ga01igprSl pic.twitter.com/lQhmkUIzgw
Uma outra funcionária fez uma postagem contando que foi demitida apenas um mês depois de receber uma promoção.
I didn’t even tweet that I got promoted last month, but now I get to tweet that I got laid off, so there’s that. gonna miss my team. https://t.co/4OE6R3dclt
— beau (she/her) (@BeauOckers) July 31, 2024
Os pedidos para que Parsons renunciasse aumentaram após a descoberta de sua suposta conta em um site de leilões de carros, onde ele teria gastado cerca de US$ 500 mil em veículos antigos desde a última rodada de demissões em outubro. Isso gerou ainda mais indignação entre a comunidade e os ex-funcionários da Bungie.
O anúncio das demissões e os pedidos de renúncia de Parsons ocorreram pouco menos de dois meses após o lançamento de Destiny 2: The Final Shape, que encerrou a história do jogo e foi bem recebido, apesar de problemas no lançamento. Após isso, a Bungie anunciou Codename Frontiers, uma atualização misteriosa programada para 2025, e o renascimento de Marathon, o primeiro título da série desde 1996.
Após as demissões de outubro, um desenvolvedor da Bungie descreveu a moral do estúdio como “destruidora de almas”, com outros trabalhadores citando medos crescentes de mais cortes de custos e uma possível aquisição total pela Sony. Em março, a pressão interna levou à substituição do diretor de Marathon.