A utilização da inteligência artificial no desenvolvimento de jogos tem gerado discussões intensas na indústria. Enquanto alguns criativos temem pelo impacto na segurança de seus empregos, jogadores se preocupam com a possível perda da humanidade nos jogos, e executivos veem com entusiasmo o potencial para acelerar e baratear os processos.
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A Take-Two, empresa controladora da Rockstar Games e da 2K, parece determinada a adotar essa tecnologia. Em uma entrevista recente na 52ª Conferência Anual de Tecnologia, Mídia e Telecom da TD Cowen, o CEO da Take-Two, Strauss Zelnick, mencionou que a IA generativa pode permitir que os desenvolvedores da empresa “realizem muitas tarefas de maneira mais eficiente… o que nos permitirá focar em outras áreas, que provavelmente ainda serão caras e demoradas.”
Esses comentários sobre eficiência não animam muito os desenvolvedores que realmente trabalham na criação dos jogos da Take-Two, pois termos semelhantes são frequentemente usados por executivos ao justificar demissões, destacando produtividade e cortes de pessoal. Recentemente, a própria Take-Two anunciou quase 600 demissões, mesmo depois de afirmar que “não tinha planos atuais” para isso, além de encerrar equipes por trás de jogos como Olli Olli World e Kerbal Space Program 2.
Apesar das preocupações, Zelnick insiste que a IA não afetará negativamente o emprego. “Não acredito nem por um minuto que a IA generativa vá reduzir empregos, isso é absurdo”, afirmou. “Ela não vai tornar as pessoas irrelevantes. Vai mudar a natureza de algumas funções, e isso é positivo.” No entanto, ele deixou em aberto como essa mudança se dará, especialmente considerando que muitas formas de IA generativa utilizam dados pré-existentes para criar novos conteúdos. Muitos relatórios já mostram como a IA pode impactar empregos, e embora o futuro seja incerto, muitos criadores da indústria, incluindo Hideo Kojima e o designer principal de missões de Cyberpunk 2077, permanecem céticos.
